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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mulher estuda o mesmo tempo, mas ganha menos que homens: por que isso?


SÃO PAULO - Pesquisa publicada pelo Fórum Mundial de Economia revelou que, apesar do mesmo grau de escolaridade entre ambos os sexos, os salários das mulheres brasileiras representam, em média, 58% dos ganhos dos homens.

A explicação para isso, de acordo com o gerente de Comunicação do Grupo Soma, Paulo Ishimaru, pode estar no fato de as mulheres exercerem funções com salários inferiores, em cargos operacionais de forma geral. "Porém, nunca nos deparamos com empresas solicitando o recrutamento e a seleção de mulheres pelo fato de elas receberem menos", afirmou.

Reflexo do passado
Conforme disse Ishimaru, apesar de existirem preconceitos a serem vencidos, que são reflexos de uma sociedade machista, em empresas sérias não se faz diferenças de tratamento, salário ou cargos devido ao sexo da pessoa. Mesmo porque isso seria penalizado pela legislação brasileira.

"Apesar de existirem falhas em nossa legislação, remunerar uma pessoa com base no seu sexo constitui quebra dos direitos trabalhistas. Além disso, a empresa pode receber multas do Ministério do Trabalho, ações penais como, por exemplo, de assédio moral", explicou.

No entanto, o gerente de Comunicação faz uma ressalva: "Não podemos negar que há empresas míopes que acham que as mulheres não podem desempenhar liderança em ambientes de obras onde a força de trabalho predominante é masculina. Nosso conselho não é para as mulheres e sim para as empresas, que perdem a chance de ter ótimas profissionais por receios injustificáveis ou culturais".

Pesquisa
A diferença de salários coloca o Brasil em uma péssima posição no ranking de igualdade nos rendimentos: de 130 nações, o País está em 100º lugar.

No ranking geral, que considera também as diferenças em educação e saúde, o País ocupa o 73º lugar, uma posição acima da que ocupava no ano passado. A primeira colocada é a Noruega, seguida pela Finlândia e pela Suécia. Os últimos lugares são ocupados pelo Iêmen e por Tchade, que ficam na península Arábica e na África, respectivamente.

Mas, se por um lado o Brasil têm resultados ruins quando analisadas as oportunidades econômicas e políticas, por outro, recebeu boas avaliações em saúde e educação, com as mulheres apresentando uma expectativa de vida maior que a dos homens, e o mesmo grau de escolaridade.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Administração: como vincular a teoria com a prática (e vice-versa)?


O editor do www.administradores.com.br, Leandro Vieira, realizou um bate-papo com o Prof. Walter Nique, da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e da Ecole Supérieure de Commerce de Troyes. Para o Prof. Nique, o ensino da Administração requer vivência anterior em organizações públicas ou privadas: “aqueles que entrarem em uma sala de aula com as mãos abanando em termos de experiência, serão ejetados rapidamente do sistema”, afirma.



Administradores: Muitos alunos de Administração se queixam que o curso é muito teórico e carece de prática. O senhor concorda?

Prof. Nique: Sim, concordo plenamente. A prova disso é que minhas aulas estão estreitamente vinculadas à realidade. Penso que QUALQUER matéria ou disciplina - e mesmo as mais árduas como estatística, matemática, entre outras - podem e devem ser vinculadas à realidade. Lembro-me que, no início de minha vida acadêmica, lecionava a disciplina Pesquisa Operacional para as turmas de engenharia da UFRGS. No programa, constavam as medidas de tendência central e de dispersão (que são os primeiros passos da estatística). Para criar o link entre a teoria e a prática, eu mandava os alunos medir e buscar a altura média dos porto-alegrenses (homens e mulheres) e saber qual a percentagem de cada sexo costumava ir aos estádios de futebol para que, de posse desses dados, eles projetassem arquibancadas onde quase ninguém (97% das pessoas) que estivesse sentado à frente de alguém atrapalhasse a visão do jogo. Este é um típico exemplo que comprova que se pode ajustar qualquer disciplina para que os alunos façam o amálgama realidade/teoria.